sábado, 13 de março de 2010

Greve de 6 dias na TAP


A TAP Portugal assumiu que a greve irá colocar a empresa numa "situação muito difícil", prevendo um custo de 30 milhões de euros (5 milhões por dia), como disse o porta-voz da companhia, António Monteiro.

Com a paralisação de seis dias, convocada pelo Sindicato de Pilotos de Aviação Civil, os pilotos reivindicam aumentos superiores a 1,8% proposto pela administração da TAP, apesar de o Governo ter dado indicações de congelamento salarial para todo o sector empresarial do Estado, embora tenha previsto algumas excepções, não especificadas.

Neste momento, os pilotos da TAP têm um salário médio estimado em 8600 euros por mês, mas rejeitam proposta da administração da companhia por ser "insuficiente, desequilibrada e discriminatória", face aos demais trabalhadores da empresa. O protesto foi aprovado com mais de 70% dos a favor, na assembleia que demorou quase 10 horas.

Sem se referir a nenhuma transportadora em concreto, o director geral da Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA), Giovanni Bisignani, ao comentar em Genebra as novas estimativas para o sector em 2010, disse que, "este ano, não é de certeza o tempo para greves", lembrando que as companhias já acumularam prejuízos de 145 mil milhões de euros na última década.

Entre as companhias concorrentes, a Ryanair emitiu um comunicado no qual critica a decisão dos pilotos da TAP de recusarem a proposta de aumento e afirma-se como "alternativa" para transportar os passageiros que venham a ser prejudicados pela greve.

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